O espelho nunca mentiu para mim. As primeiras memórias mostram o reflexo de uma criança ansiosa pela comida, embora sempre tenha sido ativo. Brincava normalmente na escola, jogava bola, andava de bicicleta e corria — apesar das brincadeiras de mau gosto dos colegas. A balança sempre apontou o peso do corpo e, consequentemente, o peso da DOR. Foi assim até meus 27 anos, quando o ponteiro já passava dos 160 quilos. O corpo mandou um derradeiro alerta: não aguentaria muito tempo carregando tamanho sobrepeso e todas as complicações já existentes, como diabetes, pressão alta, problemas circulatórios e outras tantas dificuldades. Depois de um episódio de quase morte durante uma brincadeira na escolinha da minha filha Júlia, decidi que faria uma cirurgia bariátrica urgentemente. Desespero, medo, ansiedade e falta de informação me levaram a optar por uma intervenção cirúrgica de grande porte.
Remediei o problema por pouco tempo e ganhei uma sobrevida, acreditando que minha vida estava salva. Realmente, emagreci 80 quilos com a cirurgia bariátrica e sou grato por isso, pois era o único caminho que conhecia em 2011 e que parecia ser efetivo. Se a cirurgia não fosse realizada, talvez eu não estivesse aqui escrevendo minha história e contando como vivenciei por muito tempo a ansiedade e compulsão alimentar.
A vida não é simples e linear como achamos. Mesmo após ter perdido todo esse peso com a cirurgia bariátrica, segui repetindo o padrão emocional que aprendi na infância e com o qual me adaptei. Não demorou muito tempo para a consequência aparecer na balança. Cinco anos depois da cirurgia, voltei a pesar mais de 140 quilos. Estando obeso novamente, as dificuldades voltaram a me perturbar — respiração ofegante, sono prejudicado, pressão alta, suor excessivo… Ações simples como amarrar o tênis significavam tortura. Entre estudos e buscas, encontrei o processo de hipnoterapia sendo efetivo no tratamento das desordens emocionais. Decidi participar de uma formação de hipnoterapia avançada em Porto Alegre/RS. Sempre pensei no conhecimento como uma riqueza, portanto, realizei mais essa imersão. Até então, já havia participado de muitas formações na busca por respostas técnicas e racionais e desculpas aos problemas.
Em 2018, justamente em um curso de formação, praticávamos os conhecimentos adquiridos e percebi que havia descoberto o que guardava por tanto tempo. Olhei para dentro e entendi o peso da dor que carreguei durante boa parte da minha vida. Durante o processo de hipnoterapia, revivi um fato comum a todos os pais que precisam “terceirizar” os cuidados dos filhos. A cena que eu vi era minha mãe me deixando com minha avó para ir ao trabalho. Até aqui, “novela da vida real”.
Eu, sendo criança, chorava e lamentava a separação. Para me distrair e tirar o foco da separação da mãe, entre abraços e carinhos, minha avó — italiana de mão cheia — me oferecia diversas delícias que tinha em casa. Veja, insegurança era confortada com comida. O alimento tornava-se sinônimo de proteção e afeto para mim, relação que me acompanharia por anos e seria a causa dos muitos quilos adquiridos. Ali, naquela sessão, a cena do passado mostrou como aprendi a me adaptar emocionalmente. Todo excesso esconde uma falta. Descobri naquele momento a origem de minha compulsão alimentar. A dor pela ausência da mãe encontrava na comida a segurança — um ensinamento da primeira infância repetido à exaustão na vida adulta.
Na poltrona de terapia, em apenas uma única sessão intensa e profunda, fui conduzido à compreensão e reeducação do que me acompanhou durante toda minha vida e me fez passar por tantas intervenções e privações.
Privações físicas, como aquela experimentada em uma prova de gincana da escola da minha filha, em que, sem ar, estive frente a frente com a morte e com o medo de deixar a pequena Júlia sem pai. Ou as dores resultantes da cirurgia a que me submeti. Ou, ainda, a intoxicação de anos com os mais variados medicamentos para emagrecimento.
Privações emocionais, pois sempre fui alvo de preconceito e de piadas por minha aparência, e frustrado a cada nova dieta maluca. Tantas tentativas, tanta dor, tantas batalhas perdidas… Depois da sessão, a mudança foi imediata e duradoura: nos meses que se seguiram, perdi mais de 60 quilos. O alimento era apenas comida, não mais fonte de segurança.
Reeducação emocional é um processo lindo de autocura, e restabelecer o fluxo do amor dentro da gente é magnífico! Vivenciar o processo e entender o peso da dor são experiências que escolhi levar às pessoas que me procuram para se livrar do peso que carregam, seja ansiedade, depressão, fobias, compulsão, vícios e todo tipo de desordens emocionais com as quais aprendemos a nos adaptar, suportando a DOR para sobreviver ao meio social em que estamos inseridos.
Minha jornada foi longa até a reeducação do padrão compulsivo e cheia de desafios e descobertas. Tão antiga quando minha obesidade, trago comigo a inquietude de estudar as relações humanas, os comportamentos e as causas e consequências de nossas vivências nos ciclos sociais. Na busca por respostas aos porquês dos padrões, os estudos são contínuos nas áreas de terapias, hipnoterapia, neurociência, neuropsicologia, neurolinguística e coaching.
Sou prova viva dos benefícios e da autocura possível através do processo de hipnoterapia. Encontrei uma forma de ser útil no mundo, tenho um “propósito”, conduzo pacientes pelo mesmo caminho da autotransformação. Eu sei que a raiz da dor de cada um é emocional e específica. Minha atuação é focada em dores e padrões emocionais, mas, inevitavelmente, meus pacientes se levantam da poltrona muito mais leve, felizes, reencontrando-se em seu espaço no mundo. Na terapia, livram-se da dor e da carga. Com gratidão e satisfação, vejo cada um partindo diferente.
Eu passei por essa transformação. Meu desejo é ser ferramenta para a transformação das pessoas, que elas possam também descobrir-se e reeducar-se para vida. Chega de terapias intermináveis sem resultado efetivo e gastando fortunas com medicamentos e tratamentos sem fim.
Sigo em busca do conhecimento, estudando, praticando autoterapia, inquieto, criticando as ilusões e aberrações vendidas neste mundo. Sou a solução eficaz para o tratamento das desordens emocionais com a utilização de uma metodologia aplicada de hipnoterapia breve, baseada em neurociência, evidência e velocidade nos resultados através de uma formação extensa. Conheça mais sobre minha formação:
- Hipnoterapeuta avançado formado pela OMNI Hypnosis Training Center® (ISO 9001) — uma das maiores escolas do mundo em formação em hipnoterapia avançada
- Membro certificado hipnoterapeuta pela National Guild of Hypnotists (NGH 62928)
- Certificado hipnoterapeuta breve pelo Método Kraisch® — uma abordagem humanista, inovadora e eficaz.
- Graduando em Psicologia
- Pós-graduando em Neurociência e comportamento
- Pós-graduando em Nutrição e Metabolismo
- Trainer e Master Practitioner em Neurolinguística Aplicada (PNL)
- Trainer comportamental e vivencial de alto impacto (IFT)
- Coaching criacional
Apesar de consciente de nossa insignificância neste vasto mundo, trago dentro de mim o desejo de colaborar com a promoção da autocura. Acredito ser um trabalho específico com cada pessoa que passa pelo processo e desejo proporcionar ao maior número de pessoas o bem-estar que conquistei.
Enxergo a pluralidade de histórias que nos compõem e, por isso, trato você como um ser único, respeitando suas trajetórias tão distintas. Acredito nos benefícios que o processo de hipnoterapia breve pode oferecer a você porque sou testemunha dessa transformação. Fazendo você vivenciar emoções, é possível reeducá-lo e, assim, estabelecer o fluxo do amor-próprio. Esse é um processo que extingue as barreiras que limitam as emoções, é um método que permite o fluir dos sentimentos. Assim, é possível você se olhar no espelho e ver a pessoa que nasceu para ser, exuberante em suas potencialidades. O espelho não mente! E é fundamental que você se reconheça nele!
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Balneário Camboriú/SC
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Santa Maria/RS
2021 Jonas Borin. Todos os direitos reservados.
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